Na manhã do dia 25 de janeiro, aos poucos foram se aglomerando na praça da Independência de Mandaguari, os munícipes que participariam da Caminhada pela vida, em alusão ao Dia Municipal de Combate ao Feminicídio. A data, marcada pela Lei Magó, também homenageia os 5 anos do assassinato da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó. Nos semblantes um misto de tristeza e ao mesmo tempo indignação. Pelo fato ocorrido há 5 anos e ainda não teve o desfecho esperado “a condenação do responsável” pelo assassinato de Magó como era conhecida por todos.
Prefeita Ivonéia salientou a importância do evento reforçando o compromisso da gestão com a mulher. Foto: Regional Express.
O evento, promovido pela prefeitura através das Secretarias de Assistência Social, Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer, em parceria com o Conselho dos Direitos das Mulheres e a Procuradoria da Mulher, contou com a presença de Ana Clara Poltronieri Borges, irmã da bailarina Magó. Apresentação artística. Todos unidos em uma mobilização importante pela igualdade e pelo fim do feminicídio.
Presença de Ana Clara, que relembrou os 5 anos de tristeza e angústia. Foto Regional Express
Na tônica fala de todas as autoridades que se pronunciaram foi o apelo ao fim da violência contra a mulher e a família, e a lembrança amarga pelo assassinato de repercussão internacional, a qual Maria Glória foi vítima.
Um dos pontos altos das homenagens foi a apresentação da academia de dança ao som de We will rock you da banda Queen.
Durante o percurso da caminhada pela Av. Amazonas, inúmeras pessoas que passavam no momento, seguiram pelo menos uma quadra em solidariedade e respeito. Assim como diversos comerciantes interromperam suas atividades, para também prestar suas homenagens a bailarina.
Participação popular, comerciante interromperam as atividades para prestar suas homenagens. Foto: Regional Express
Cinco anos a espera de justiça no caso Magó.
Cinco anos se passaram desde que a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, de 25 anos, foi violentada assassinada por asfixia em uma cachoeira de Mandaguari, onde tinha ido acampar, se conectar com a natureza e ter um momento espiritual. Magó, como era chamada pelos amigos e a família, era professora de capoeira e balé, tinha a força de um corpo atlético, mas não resistiu à tanta violência que sofreu. O corpo foi encontrado pela irmã Ana Clara no dia seguinte em uma trilha, cerca de dez horas depois do homicídio.
Caso da bailarina ainda sem o desfecho esperado:
As investigações apontaram para o apucaranense Flávio Campana como responsável pelo homicídio. Em março de 2023, a Justiça de Mandaguari determinou que Campana iria a júri popular. Desde então, a defesa tem recorrido da decisão. O caso está agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir se Flávio Campana, acusado de matar a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges irá a júri popular.
Emocionada, Ana Clara agradeceu ao município a homenagem prestada. Foto: Regional Express
Transformando Luto em Arte:
O luto da família Poltronieri Borges se transformou em luta e em arte. Ana Clara, irmã de Magó, e Tânia Farias, criaram o espetáculo de dança Amana, que conta a história de duas irmãs separadas por uma tragédia. É um espetáculo de poesia, memória e resistência contra o feminicídio. Como parte desta luta no final de semana, o espetáculo foi apresentado no Centro de Convenções Dr. Décio Bacelar, em Mandaguari, às 20h. Com extrema repercussão entre os munícipes e região que foram prestigiar o espetáculo.
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