A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, divulgou nesta quarta-feira, 17, os resultados do 3º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira) de 2025. O levantamento, realizado entre 8 e 12 de setembro, apontou índice médio de infestação predial (IIP) de 0,4%, classificado pelo Ministério da Saúde como baixo risco. Apenas a região das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Olímpico e Maringá Velho apresentaram índice de infestação predial de 1%.
O resultado representa queda significativa em relação ao 2º Lira, realizado entre 5 e 9 de maio, quando o índice foi de 2,3% (risco médio). Naquele período, 80% dos focos estavam dentro das residências, evidenciando a importância da colaboração dos moradores na eliminação de criadouros. A Secretaria de Saúde destaca que, apesar do resultado, a população deve manter os cuidados e seguir alerta, já que o terceiro levantamento ocorreu em período de baixo volume de chuvas.
Até 16 de setembro, Maringá registrou 12.910 casos notificados e 4.191 casos prováveis de dengue. Os principais criadouros seguem sendo pequenos depósitos móveis (73,3%), como pratos para vasos de plantas e reservatórios de geladeiras; seguidos de objetos removíveis (13,3%), como tampas de garrafa e copos plásticos; locais de armazenamento de água para uso doméstico (10%); e depósitos fixos (3,3%).
Durante a apresentação, o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, destacou o esforço multissetorial e as ações de mobilização já realizadas, como o projeto ‘Espaço + Saúde’ e a aplicação de inseticida em locais com grande circulação de pessoas, como a Catedral, o Parque de Exposições e os cemitérios.
“Mesmo com índices baixos, a luta contra a dengue continua. Cada morador precisa eliminar os focos dentro de casa e no ambiente de trabalho. Quando falamos de dengue, falamos do coletivo: é um problema meu, seu e de todos. Precisamos sensibilizar movimentos, grupos e categorias para que mais pessoas assumam sua responsabilidade”, reforçou o secretário.
Também foram apresentadas as próximas campanhas de enfrentamento: ‘Primavera sem Dengue’, ‘Férias sem Dengue’, ‘Natal sem Dengue’ e ‘Réveillon sem Dengue’. O objetivo é conscientizar a população para evitar o aumento de casos no período de maior incidência, entre dezembro e abril.
“Iniciamos 2025 com índice médio de 8%. O mosquito mudou de comportamento e hoje se reproduz em qualquer tipo de água e apresenta resistência ao inseticida. Os casos e mortes são evitáveis se todos verificarem semanalmente os quintais e residências”, alertou Nardi.
Escorpiões – Além da dengue, a Secretaria de Saúde mantém o monitoramento da presença de escorpiões e apresentou os resultados mais recentes. De janeiro a julho de 2025, foram registradas 907 solicitações pela Ouvidoria Municipal. No mesmo período, houve aumento no número de acidentes com escorpiões: 441 em 2025 contra 337 em 2024.
Segundo o secretário, o crescimento está relacionado, principalmente, à grande quantidade de imóveis em construção, que favorecem a proliferação dos escorpiões. A presença dos animais é comum em locais com entulhos e materiais de construção. A limpeza dos quintais e espaços também é fundamental para combate dos escorpiões.
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