Uma das características típicas do outono/inverno em grande parte do Brasil é a predominância de ar seco no interior do país, dificultando a ocorrência de precipitações.
No Sul, Sudeste e em parte do Centro-Oeste, chuvas até ocorrem, às vezes intensas e rápidas, devido à passagem de sistemas frontais. Após a passagem de uma frente fria, é comum que uma massa de ar mais frio e seco permaneça por alguns dias, dificultando novamente a ocorrência de chuvas. Assim, de modo geral, na maior parte do Brasil, o inverno é sinônimo de tempo seco.
O que é umidade do ar:
A umidade do ar, ou umidade relativa do ar, é um elemento cliomático que representa a quantidade de água existente no ar na forma gasosa. Esse elemento exerce influência não apenas no clima e tempo, mas também em nossa saúde.
A quantidade de umidade presente no ar é medida por aparelhos chamadas de psicrômetro e higrógrafo.
Nas diversa estações metereológica espalhadas pelo território brasileiro
Umidade do ar ideal:
Segundo a OMS Organização Mundial da Saúde, a umidade do ar ideal precisa estar em torno de 60%. Confira a escala psicrométrica, que classifica os estados de criticidade envolvendo a umidade do ar:
A escala psicrométrica foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp. Art: Divulgação
Recorde de baixa na umidade do ar no Brasil:
Embora algumas cidades do país tenham fama de clima seco, como Brasília, o fenômeno vem aparecendo incomumente em outras localidades do Brasil. Na capital nacional, segundo a Estação Climática de Brasília, a umidade do ar cai de mais de 70% para uma média de 20% no período de seca, que ocorre entre agosto e setembro. Nesses meses, a umidade relativa do ar pode alcançar os 12%, valor equivalente a umidade de um deserto.
Mesmo que os menores índices de umidade do ar sejam registrados à tarde, entre 12h e 16h, e principalmente no final do inverno e início da primavera, alguns números vêm surpreendendo inclusive especialistas.
No final de julho de 2021, nas cidades de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, a medição da umidade do ar marcou 7%, o índice mais baixo já registrado durante o inverno, número que se categoriza como estado de emergência segundo a OMS.
Impacto do ar seco na saúde:
O ar seco causa desconforto nos olhos, nariz, lábios e no trato respiratório, devido ao ressecamento das mucosas. Mucosas ressecadas são mais sensíveis e, portanto, sujeitas a irritações, especialmente se forem coçadas. Elas também são mais propensas a micro feridas, o que as torna mais vulneráveis à entrada de vírus e bactérias, podendo levar a infecções de diversas intensidades. Além disso, a maioria dos vírus e bactérias sobrevive por mais tempo em ambientes secos.
Riscos de contágio de gripes e resfriados aumentam. Foto: Getty Images
Por isso, no inverno, o contágio de gripes e resfriados é mais comum. Com o ar seco, infecções oportunistas, como conjuntivites, também são mais frequentes. Doenças alérgicas do trato respiratório são facilitadas, e ambientes mais empoeirados incomodam bastante o nariz e os olhos.
Com temperaturas mais altas e ar muito seco, como é o caso de grande parte do interior do país durante o inverno, a sudorese é facilitada e há uma maior perda de líquidos pela transpiração.
Assim, ao praticar atividades físicas em ambientes secos, o risco de desidratação é elevado, causando variações na pressão sanguínea, no ritmo cardiorrespiratório, eventuais dores de cabeça e, em casos mais graves, desmaios, disenteria, entre outros.
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