Antes da largada da Paris-Roubaix 2024, neste domingo (7 de abril), o holandês Mathieu Van der Poel (Alpecin-Deceuninck) definiu como “um sonho” vencer a clássica com a camisa de campeão mundial. Campeão em 2023, Van der Poel realizou o sonho e fez história.
A vitória foi com vantagem de 3 minutos e seu companheiro de equipe, Jasper Philipsen, cruzou a linha de chegada em 2º, assim como na edição anterior. Mads Pedersen (Lidl-Trek) foi o 3º.
Essa foi a edição mais rápida de todos os tempos da terceira Monumento do calendário, que, em sua 121ª edição, teve 259,9 km de percurso e 29 trechos de paralelepípedos, os setores, totalizando 55,7 quilômetros. Van der Poel terminou com o tempo de 5h25min58s, com recorde de velocidade média de 47,8 km/h naquela que foi uma uma de suas maiores vitórias até o momento.
O holandês se tornou bicampeão da Paris-Roubaix e o primeiro, desde Peter Sagan, em 2028, a vencer com a camisa arco-íris. Sua corrida solo de 60 quilômetros até a chegada no Vélodrome André Pétrieux, em Roubaix, foi o ataque vencedor mais longo deste século, enquanto a sua margem de vitória, de 3 minutos, é a maior das últimas 20 edições da corrida.
E mais: após sua vitória no Tour de Flandres no último domingo, Van der Poel se tornou o décimo ciclista na história a vencer duas clássicas Monumento seguidas, o que não acontecia desde 2013, com Fabian Cancellara, e ainda se tornou o segundo a alcançar o feito vestindo a camisa arco-íris, depois de Rik van Looy, em 1962.
“O que aconteceu hoje é realmente difícil de acreditar. Voltei a vencer Roubaix ao lado da minha equipe, que estava ainda mais forte que no ano passado. Estou super orgulhoso dos meninos e super feliz por terminar. Há muito tempo que me sinto muito bem e hoje foi o meu melhor dia nesta temporada de Clássicas”, disse Van der Poel.
“Eu não tinha planejado atacar tão cedo. Queria tornar a corrida difícil a partir daquele momento, pois sei que esse é o meu ponto forte, e achei que era um bom momento para atacar porque o grupo era muito grande e a cooperação não era muito boa. Assim que consegui a vantagem, sabia que poderia chegar à linha de chegada, pois estava em um dia muito bom e o vento favorável me ajudaria a manter meus rivais afastados”, relatou.
“Em Roubaix, um revés ou um furo nunca podem ser descartados. Mas eu tinha uma grande vantagem, o carro atrás de mim, então segui confiante. Pude aproveitar mais o momento do que na semana passada em Flandres, quando estava no meu limite. Hoje me senti incrível e pude aproveitar muito”, continuou.
“Quando eu era criança, não conseguia imaginar todas as corridas que estou ganhando agora. Fiquei super motivado para entrar neste ano, pois queria mostrar a camisa arco-íris de uma forma bacana… mas isso foi além das minhas expectativas. Estou um pouco sem palavras. Este momento especial não durará para sempre e quero aproveitar”, completou.
A 121ª edição da clássica teve 172 ciclistas na largada, em Compiègne. O vencedor de 2022, Dylan van Baarle (Visma – Lease a Bike), foi uma desistência de última hora, assim como Michael Vink, do UAE Team Emirates, e Michael Morkov (Astana Qazaqstan). Foram necessários ‘apenas’ 22 quilômetros para Per Strand Hagenes (Visma- Lease a Bike), Rasmus Tiller (Uno X Mobility), Kasper Asgreen (Soudal-Quick Step), Marco Haller (Bora-Hansgrohe), Liam Slock (Lotto-dstny ), Gleb Syritsa (Astana Qazaqstan) e Kamil Malecki (Q36.5 Pro Cycling Team) formarem um grupo escapado. Pouco depois, Dusan Rajovic (Bahrain Victorius) e Dries de Bondt (Decathlon-Ag2r La Mondiale) também decolaram em uma tentativa de se juntar à fuga, que só teve sucesso aos 80 quilômetros de corrida.
Uma grande queda no quilômetro 37 significou o fim da corrida para Jonathan Milan (Lidl-Trek) e Elia Viviani (Ineos Grenadiers), afetando também nomes como Nils Politt (UAE Team Emirates), Alberto Bettiol (EF Education First), e Laurenz Rex (Intermarché), entre outros.
Foram percorridos 54,1 quilômetros na primeira hora de corrida, com ventos favoráveis. A diferença máxima para a fuga foi de 1min40s, com 76 quilômetros de corrida, sobre um pelotão liderado pela Lidl-Trek e Alpecin-Deceuninck.
Os setores de paralelepípedos começaram em Troisvilles a Inchy (km 96 – 2,2 km) ***, após o qual a fuga começou a perder vantagem e acabou sendo alcançada aos 120 quilômetros de corrida, com os companheiros de equipe de Mathieu Van der Poel no comando.
A participação de Josuha Tarling terminou no setor 24, de Capelle a Ruesnes (km 129,3 – 1,7 km) ***, quando ele foi desclassificado por se agarrar ao carro da equipe Ineos Grenadiers após um furo.
Mads Pedersen liderou o grupo da frente na Trouée d’Arenberg (km 164,4 – 2,3 km) *****, onde Van der Poel fez uma aceleração poderosa. Apenas o seu companheiro de equipe Jasper Philipsen, Mick van Dijke (Visma – Lease a Bike) e o referido Pedersen conseguiram acompanhar o seu esforço, que ficou frustrado logo à saída da calçada quando Philipsen furou.
O grupo da frente fez uma uma nova fuga do Setor 18, de Wallers a Hélesmes (km 167,4 – 1,6 km) ***: Stefan Küng (Groupama-FDJ), Nils Politt (UAE Team Emirates ) e Gianni Vermeersch (Alpecin-Deceuninck) seguiam juntos. Vermeersch liderou o grupo da frente no setor 13, Orchies (km 199,5 – 1,7 km) ***, onde Van der Poel atacou faltando 60 quilômetros.
Ninguém conseguiu igualar a sua aceleração e o campeão mundial rapidamente construiu uma vantagem considerável, cronometrando 3min faltando 10 quilômetros para a meta e defendeu com sucesso a sua vitória em 2023.
Mads Pedersen (Lidl-Trek), Nils Politt (UAE Team Emirates), Stefan Küng, Laurence Pithie (Groupama-FDJ) e Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) saíram do grupo de perseguidores durante o Mons-en-Pévèle (km 211 ,1 – 3 km) *****, brigando pelos dois lugares restantes do pódio. Pithie saiu da disputa a 30 quilômetros do fim, enquanto Küng ficou para trás em Gruson (km 244,8 – 1,1 km) **. No sprint triplo que acertou as coisas entre os perseguidores no Vélodrome, Philipsen levou a melhor sobre Pedersen e Politt.
O brasileiro Vinicius Rangel (Movistar), em sua primeira vez na prova, terminou em 94º, a 18min20s.
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